Pouco mais de 370 quilômetros. Esta foi a evolução na pavimentação de rodovias catarinenses entre 2003 e 2017, segundo o Anuário CNT do Transporte, divulgado na semana passada. A distância (377,7 km) é menor do que o trajeto de Florianópolis a Chapecó pela BR-282, trecho mais rápido segundo o Google.
A informação provocou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, a sugerir aos candidatos ao Governo do Estado que incluam o investimento em infraestrutura rodoviária como um dos principais itens da agenda para os próximos quatro anos.
“A pavimentação das nossas rodovias está estagnada e isso reflete em todos os setores da cadeia produtiva”, comentou o líder do Transporte RODOVIáRIO de Cargas (TRC) de SC.
Em números reais, quinze anos atrás havia 6.787,8 km de rodovias pavimentadas em SC enquanto no ano passado o número subiu para 7.165,5 km, o equivalente a 25 km pavimentados por ano ou 5,5% no total. O número integra o total de aproximadamente 8,6 mil quilômetros (2,6 mil km federais e 6 mil km de estaduais) de rodovias estaduais e federais catarinenses, segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura.
Realidade que impacta diretamente no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), que encara o custo fixo de R$ 100/hora por caminhão parado em congestionamentos.
“A deficiência rodoviária é uma das razões que elevam o custo do transporte. Sugerimos aos futuros governantes, sobretudo aos de Santa Catarina, que pensem em rodovias com mais atenção, afinal tudo o que chega ao consumidor passa, necessariamente, pelo caminhão”, salientou Rabaiolli.
O representante das empresas do TRC/SC lembrou, ainda, a Pesquisa CNT de Rodovias 2017, que avaliou 3.249 km de estradas de SC. Segundo o levantamento, 564 km, concedidos à iniciativa privada, tiveram alto índice de satisfação dos usuários – 51,8% (292 km) foram avaliados como ótimo e 36,9% (208 km) como bom. Em contrapartida, 2.685 km, geridos pelo Poder Público, 40,7% (1.094 km) são regulares e 28,9% (775 km) ruins.