Atualmente as empresas familiares tem uma presença de destaque na economia nacional, agregam uma fatia dos grandes grupos de empresas. Indiferente dos segmentos, as empresas familiares têm como objetivo comum, condicionar a história da empresa vinculada ao fundador e visam que a sucessão seja realizada por alguém da família. Dos 300 maiores grupos empresariais privados do Brasil, 265 são de origem familiar.
Segundo, o Jornal Industria & Comércio, atualmente as empresas familiares representam 93% das empresas ativas no Brasil e representam 40% do PIB brasileiro. Apesar dos números expressivos, a longevidade destas organizações é baixa: a idade média de uma empresa no País é de 9 anos. A sucessão familiar na visão do fundador é vista como um assunto preocupante. Existe a resistência por parte do empreendedor fundador, pois não consegue romper o vínculo da empresa. Os sucessores devem ter comprometimento para que a empresa continue com a rentabilidade que o fundador a deixou. A sucessão está ligada ao tipo de empresa, as suas características.
O empreendedor posterga até o limite a sua sucessão, quando se torna obrigado, o sucessor encontra a dificuldade da gestão devido ao empreendedor não transferir seus conhecimentos e a cultura da empresa para o mesmo. Esta posição de controle e propriedade do empreendedor irá repercutir no futuro da empresa. À medida que o empreendedor se dá conta que começam a aparecer às limitações fisiológicas e intelectuais o mesmo vê a necessidade de um sucessor, mas sempre com as mesmas peculiaridades para que a empresa mantenha as mesmas características e cultura. O empreendedor deve ter algumas características as quais se definem como: capacidade do trabalho, habilidade, auto-sacrifício, busca contínua de progresso, visão. A sucessão de pais para filhos é salientada pelas emoções e inseguranças que acercam os mesmos. O fundador tem receio que a próxima geração que assumir a direção extinga o patrimônio alcançado. O processo sucessório (Tondo, 2008, p. 75). Devem-se ser atribuídos pequenos processos para a construção da noção de negócios para quando estiverem na gestão da empresa possam tomar decisões assertivas. A sucessão familiar deve ser exposta como uma idealização de um projeto que requer aprendizado constante. A mesma é esperada pelos filhos, mas nem todos poderão ser sucessores. A sucessão é um direito legítimo, mas nem todos poderão se tornar sucessores, mas todos deverão ter seu percentual em forma de herança. No momento da escolha do sucessor deve-se levar em conta o planejamento de carreira caracterizada como o desenvolvimento do indivíduo como profissional. O elemento familiar deverá estar preparado para trabalhar e introduzir conhecimentos e desenvolver métodos para a melhoria da empresa. Indiferente de como for a escolha do sucessor o mesmo deverá ter maturidade para entender que irá iniciar o conhecimento pelos processos mais simples com a finalidade de compreender as etapas que ajudam nas decisões quando estiver no controle da empresa.
As empresas familiares podem tomar dois rumos, podem possuir na gestão membros da família ou admitir membros não familiares. Existem a possibilidade da integração das duas opções, mesclar membros familiares com não familiares. A importância da sucessão famíliar na questão da retenção de informações e despreparação do sucessor e que as empresas que podem vir a aparecer, como a morte repentina do fundador.
Há também a decisão da venda, quando não há sucessores ou os sucessores assumem trilhar por outras carreiras e não se interessam pelo negócio familiar.
A sucessão deve ser trabalhada sempre com antecipação para que o processo sucessório obtenha sucesso.
Responsável: Camila Rangel Wolff