Após um 2021 de grande alta para o setor, empresas do transporte se moldam para atender clientes da área farmacêutica
As empresas do setor de transporte RODOVIáRIO de cargas vêm encontrando novas estratégias e saídas para superar os desafios econômicos enfrentados nos últimos dois anos, e uma delas é a integração para área farmacêutica. Em 2021, o mercado farmacêutico teve crescimento de 10,8% no faturamento, segundo dados divulgados pela empresa IQVIA, consultora especializada no canal farma. O faturamento das farmácias alcançou a marca de R$ 152,1 bilhões, sendo que em 2020 o valor foi de R$ 137,3 bilhões.
Mas para que esses produtos que estão em alta cheguem até as farmácias e aos consumidores, é necessário um longo e delicado processo de logística e transporte. As empresas do setor precisam atuar de forma organizada, mantendo a segurança e a qualidade dos medicamentos e respeitando uma série de regras para a realização dessa atividade, das quais a principal é saber se a transportadora obtém o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Após completar 25 anos atuando em um dos setores mais importantes do país, que é o transporte rodoviário de cargas, a ABC Cargas pretende ampliar seus negócios com o mais novo projeto para clientes da área farmacêutica.
Para Danilo Guedes, presidente da empresa, é importante a integração com o que o mercado proporciona. Além disso, com a evolução da área dos produtos de medicamentos, investir com esse projeto pode abrir novos caminhos. “Além de aumentar o escopo de atuação, nosso objetivo é poder ter novos parceiros e aumentar a receita”, comenta o executivo.
Danilo ainda explica a importância de sua empresa estar alinhada mediante essas regras. “Com a certificação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e Anvisa, sabemos da responsabilidade que enfrentaremos, por isso estamos nos capacitando, desde a diretoria até a operação”.
Existem diversas outras legislações e boas práticas que precisam ser seguidas pelos profissionais da área de logística para a garantia da segurança como a necessidade de um farmacêutico na equipe, gerenciamento de estoque, caminhões adequados, além de planejamento de rotas e de rastreamento da carga.
Além desses desafios internos aos quais as empresas precisam se adaptar, para o CEO, os fatores externos que historicamente o setor já vem enfrentando ainda serão a “pedra no sapato” para as transportadoras. “Acreditamos que os constantes aumentos de combustíveis, roubo de cargas e falta de infraestrutura nas rodovias serão o maior impacto”.
Por fim, o empresário vê como natural essa competitividade em relação ao inflame de diversas transportadoras estarem entrando nesse campo. “Quanto a isso, é algo natural e até saudável do ponto de vista de evolução dos negócios, porém temos a consciência de que sempre poderemos evoluir e trazer ainda mais segurança e credibilidade por parte de nossos clientes”, finaliza o executivo.