Em relatório divulgado na última 5ª feira (25.jul.2019), o FMI (Fundo Monetário Internacional) elencou uma série de medidas a serem implementadas pelo Brasil, como forma de favorecer o ambiente de negócios no país, criando empregos e alavancando o crescimento doméstico.
“Para impulsionar o crescimento e criar mais empregos, o Brasil precisa buscar vigorosamente reformas nas áreas previdenciária e tributária, abertura comercial, investimentos em infraestrutura e reformas financeiras“, afirmou o Fundo.
A depender da “robustez” da reforma da Previdência, retomando a confiança de investimentos no país, o Fundo calculou que, em 2020, o país deverá crescer 2,4%.
O FMI também apontou que a reforma da Previdência, em discussão atualmente na Câmara dos Deputados, é o ponto de referência para as discussões econômicas, alertando para a necessidade da equipe econômica do governo colocar, em uma trajetória mais sustentável, a dívida pública.
“A dívida pública é alta pelos padrões internacionais e está aumentando, expondo o Brasil a riscos de sustentabilidade da dívida”, explicou o FMI, mencionando o eixo de correção a partir da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Em outro ponto do artigo, o Fundo também listou a simplificação de tributos como 1 dos fatores que pode aumentar a atratividade a negócios no país, sinalizando que as discussões do assunto devem suceder os debates em torno da Previdência.
“Dada a carga tributária relativamente alta, a reforma tributária deve visar à harmonização do sistema e à redução de isenções fiscais dispendiosas e distorcivas, ao mesmo tempo em que eleva a mesma receita. A simplificação do sistema tributário também impulsionaria o investimento privado”, afirmou.
FACILIDADE DE NEGÓCIOS
O documento também classificou o Brasil como “uma das economias mais fechadas do mundo devido às barreiras tarifárias e não tarifárias“.
“Abrir-se a mais comércio é essencial para melhorar a competitividade e dar 1 impulso necessário ao investimento. A este respeito, o recente acordo comercial União Europeia-Mercosul e os esforços para cumprir os códigos de liberalização da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico fornecem oportunidades importantes para promover a integração comercial”, disse.
INFRAESTRUTURA
O Fundo também criticou o baixo percentual de investimentos públicos na área de infraestrutura, em comparação a pares emergentes.
“Reduzir a lacuna de infraestrutura exigirá que os fundos de investimento público sejam gastos de forma mais eficaz, complementados pela mobilização de capital privado por meio de concessões“, afirmou.