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Santa Catarina é o segundo Estado com mais acidentes e feridos nas rodovias federais em 2021

por | jun 9, 2022 | Notícias, Rodoviário

Fonte: Fonte: FETRANCESC
Chapéu: Segurança
Foto: Divulgação/FETRANCESC

Santa Catarina é o segundo Estado do Brasil com maior incidência de acidentes de trânsito nas rodovias federais em 2021. No total, foram 7.882 acidentes, 8.702 feridos e 357 mortos. Os dados foram divulgados no anuário da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Minas Gerais lidera a posição, com 8.308 registros de acidentes e 9.962 feridos. Em terceiro lugar está o Paraná, com 7.330 acidentes e 7.763 feridos.

Segundo os dados da Pesquisa CNT de Rodovias 2021, a extensão das rodovias federais de SC é de 2.345 km, já MG é de 8.577 km. Ou seja, a malha rodoviária federal de MG é 72% maior do que SC.

Contudo, se analisarmos o percentual de acidentes registrados no território nacional, SC tem 12,23% do total de acidentes, enquanto MG tem 12,89%. A diferença chama atenção, visto que no território catarinense a extensão da malha rodoviária federal é muito inferior a de MG.

Considerando que SC tem 28% da malha rodoviária federal de MG, a proporção de acidentes por km de SC é de 3,36, já de MG é de 0,96. Isto significa que, se SC possuísse 8.577 de malha rodoviária federal, o Estado teria 28.828 acidentes, ficando em primeiro lugar no ranking.

Para o presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider, o cenário é preocupante. “A infraestrutura rodoviária federal em Santa Catarina realmente carece de investimentos e de prioridade por parte do governo federal. É imprescindível que as autoridades se envolvam em relação ao tema e se mobilizem para que, a partir de 2023, a malha rodoviária do Estado tenha prioridade nos investimentos para sua recuperação. As vidas não tem preço e, infelizmente, estamos perdendo muitas. Grande parte dessas ocorrências são em consequência da fragilidade das estradas”, destacou.

No Brasil, foram registrados 64.441 acidentes nas rodovias federais, com 71.690 pessoas feridas e 5.381 óbitos.

Entre as rodovias com maior frequência de acidentes e feridos no país, a BR-101 está em primeiro lugar no ranking. Ao todo, foram registrados 4.094 acidentes e 4.310 pessoas feridas.

Já a BR-470 está em 10º lugar no número de acidentes, com 1.207 ocorrências. Em relação a quantidade de feridos, a rodovia sobe para a nona posição, com 1.407 vítimas.

No que diz respeito ao número de mortos, o trecho catarinense da BR-101 aparece em sexto lugar, com 129 vítimas fatais.

Confira abaixo as rodovias com maiores frequências de acidentes:

•         BR-101/SC – 4.094

•         BR-116/SP – 3.099

•         BR-381/MG – 2.388

•         BR-277/PR – 1.929

•         BR-40/MG – 1.752

•         BR-101/ES – 1.746

•         BR-101/RJ – 1.658

•         BR-376/PR – 1.654

•         BR-116/RJ – 1.414

•         BR-470/SC – 1.207

“Temos a BR-470, com quase 20 anos de discussões e tratativas, um processo de execução extremamente lento. A BR-101 com trechos estrangulados pelo alto fluxo de usuários das vias dos municípios limítrofes. Além do atraso na obra do Contorno Viário, que deveria ser entregue em 2012. Por isso, precisamos da sensibilização da classe para que ações efetivas de reestruturação sejam realizadas”, completou Schneider.

No topo do ranking dos acidentes estão os que envolvem automóveis (6.350), seguido de motocicletas (2.705), caminhões/carretas (1.886), bicicletas (282) e ônibus (88).

“São números preocupantes, vidas humanas que se vão e o sofrimento de pessoas feridas. A economia, a mobilidade e toda a sociedade catarinense perdem com tantos acidentes”, comentou o chefe de Comunicação Social da PRF, Adriano Fiamoncini.

De acordo a PRF, os piores trechos da BR-101 são os da Grande Florianópolis (São José, Palhoça e Biguaçu), além de Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville.

Fiamoncini ainda destacou que “o problema é o crescimento desordenado e a urbanização acelerada nas proximidades da BR-101. Ela se tornou uma avenida que serve Palhoça e São José, não tem mais características de rodovia. Em Itajaí e Balneário Camboriú é a mesma coisa. A maioria dos acidentes são de moradores, trabalhadores e estudantes dessas regiões. Não são veículos viajando longas distâncias. São rodovias altamente urbanizadas, saturadas, sobrecarregadas, não dão mais conta do trânsito intenso, principalmente porque não foram planejadas para isso.”