Evento “Novo RH” desmistificou o modelo de trabalho remoto e deu subsídios para as empresas realizarem uma boa gestão
Hoje pela manhã (26), o SETCESP realizou, na sede da entidade, o evento “Novo RH: práticas e tendências do home office”, que buscou esclarecer pontos importantes do modelo de trabalho que cresceu exponencialmente durante a pandemia.
“O fato de trabalhar em casa mudou a vida das pessoas, o consumo e até o mercado imobiliário. Promoveu mais qualidade de vida e é uma tendência mundial”, destacou o presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP, Adriano Depentor ao iniciar o evento.
Corroborando com esse posicionamento a presidente executiva, Ana Jarrouge, trouxe informações do relatório GPTW (Great Place to Work) de 2022, que apontou que o modelo de trabalho preferido pelos colaboradores é o híbrido, parte no escritório e parte em casa.
Sobre as jornadas de trabalho, o assessor jurídico do SETCESP, Dr. Narciso Figueirôa Jr. discorreu sobre os Artigos 6 e 75 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a Lei nº 12.551/2011 que regulamentam o modelo de Teletrabalho. Ele alertou que as alterações de regime de trabalho só foram possíveis por conta das Medidas Provisórias que, se forem convertidas em Lei, se tornarão permanentes.
“Sem o uso da tecnologia o home office não seria possível. Gerenciamento, segurança e eficiência estratégica precisam ser bem definidos para o trabalho remoto”, expôs Juliana Suzuki, empreendedora da área de tecnologia, que apresentou as ferramentas que auxiliam empresas e colaboradores na prática do home office.
Já a palestrante do dia, Cris Kozovits, que é escritora, mentora de transformação organizacional e CEO da Kozovits Conteúdo Essencial, falou a respeito da metamorfose na liderança. “O home office proporcionou uma transição de mindset, foi preciso resistir menos as transformações e criar conexões verdadeiras e profundas”, afirmou. “É necessário conhecer bem as pessoas para saber o nível de autonomia e de responsabilidade delas”.
O assunto abordado pela palestrante veio ao encontro do que foi alertado antes, pela vice-coordenadora da Comissão de RH do SETCESP, Ellen Santiago, que apontou que algumas empresas têm dificuldade de se comunicar com os colaboradores que estão trabalhando em casa. “Precisamos entender essa dinâmica para fazer com que as informações cheguem aos nossos funcionários onde quer que ele esteja”.
Empresas que permaneceram com home office
Barbara Costa, gerente de RH da Patrus, contou que o modelo de trabalho híbrido implementado pela empresa já havia sido considerado como uma possibilidade um ano antes da pandemia. “A empresa já tinha desenhado o modelo, mas para pôr o plano em prática, tivemos que fazer adaptações”.
Fabiano Santos, head de Recursos Humanos da Soluciona Logística, também ressaltou detalhadamente quais mudanças tiveram que ocorrer para que o modelo do home office, e posteriormente, o híbrido ocorresse na empresa.
“Com o tempo fomos gerando infraestrutura, por exemplo, trocando computadores desktop por notebook, fazendo reuniões por vídeo e descobrimos que no dia a dia, estávamos nos tornando mais eficientes. Nem sempre temos a receita do bolo, mas temos que correr atrás, aprender e fazer”, sugeriu Santos.
Por fim, Marcelo Rodrigues, vice-presidente do SETCESP, reiterou a importância de atualização das ações dentro das empresas e finalizou agradecendo a todos os presentes.
