Afrânio Kieling diz que uso de máquinas como drones aumentará – FETRANSUL/DIVULGAÇÃO/JC
Não são apenas as companhias logísticas que estão buscando o seu aprimoramento, as instituições que representam o setor também estão atrás dessa meta. O Sistema Fetransul (Federação das Empresas de Transporte e Logística do Estado do Rio Grande do Sul), por exemplo, está organizando a elaboração de uma startup ligada à entidade para desenvolver ações dentro da ideia da logística 4.0.
“Estamos em fase de confecção do acordo com o Instituto Caldeira para que tenhamos um ponto lá dentro”, informa o presidente do Sistema Fetransul, Afrânio Kieling. O objetivo é materializar a iniciativa ainda neste ano. O Instituto Caldeira é uma associação sem fins lucrativos, que conecta empresas, universidades, startups e diferentes interessados na transformação digital dos seus negócios. Kieling enfatiza que a logística 4.0 tem evoluído muito no País. Porém, o dirigente comenta que as companhias que possuem mais recursos, avançam mais rapidamente. “Porque o investimento em tecnologia é prioridade”, destaca.
Outra ferramenta de aprimoramento citada pelo empresário e que foi viabilizada recentemente pelo governo federal, contando com o apoio do Sistema Fetransul na sua construção, é o Documento Eletrônico de Transportes (DT-e). Essa documentação será gerada antes da execução da operação de transporte de carga e tem como função unificar, reduzir e simplificar dados e informações, além de registrar e caracterizar cada operação logística. “É algo fantástico e futurista, pois diminui burocracia e aumenta a agilidade dos processos, fica tudo eletrônico” destaca Kieling. Para ele, trata-se de uma grande conquista do setor de transportes, que aumentará a produtividade das empresas que atuam no segmento.
Para o presidente do Sistema Fetransul, a logística 4.0 envolve a transformação digital e já é possível visualizar a versão 5.0 do tema, onde haverá cada vez mais o uso de máquinas, como drones, para agilizar as entregas de mercadorias. Porém, uma evolução que é mencionada no cenário mundial, para Kieling ainda irá demorar a ser adotada no Brasil: a utilização de caminhões autônomos. Um dos obstáculos seriam as precárias condições das estradas nacionais. No entanto, o que o dirigente vê como uma tendência são os pedágios cobrados eletronicamente, sem a necessidade de o motorista parar em algum ponto físico e com a cobrança sendo feita proporcionalmente ao trecho percorrido.