Na minha vida comercial, meu principal endereço é a estrada; toda semana me desloco a várias cidades e estados em busca de reuniões com clientes para eu transportar.
Nesses deslocamentos, meus maiores parceiros são os gigantes caminhões que ali se impõem pelo tamanho e robusteza, cada um com um aspecto diferente. Tem os rebaixados, os tunados, os detonados e os com tecnologia de ponta. Tão estudados, tão aprimorados que parecem desfilar entre os outros.
Quando saem de fábrica, saem para rodar por muito tempo e muito longe, mas não é isso que acontece geralmente.
Penso que vivo uma roleta russa, pois vejo na estrada vários tipos de acidentes, não queremos acreditar que na maioria das vezes é culpa dos caminhoneiros, mas na verdade é sim.
Esta peça que está tão difícil de encontrar, e quando aparece já se joga no caminhão para que ele rode antes que dê prejuízo, esta peça precisa vivenciar essa tecnologia. A falta de treinamento adequado, a falta de conscientização no trânsito, faz com que todo o estudo dos engenheiros buscando a segurança seja desperdiçado.
Vê-se muito caminhão rodando acima da velocidade permitida para um carro, muito motorista além de estar acima do limite, não deixa de estar por dentro dos assuntos do grupo do Watts app, compartilhando vídeos, ou mensagens, esquecendo que na sua frente existem vidas e veículos cada vez mais frágeis.
De grande parte dos acidentes que presencio nas minhas andanças, estão lá no topo da lista os veículos de ponta, que saíram quentinhos da fábrica, que o motorista sentou teve uma aula de 10 min como o caminhão funciona e saiu acelerando com seus 470 cv mínimos de força, não sabendo como usar o freio motor na descida, ou que mesmo que ele freie o motor continua em alto giro empurrado pela carreta que vem atrás.
Vejo que aqueles detonados, tunados ou velhos pouco se envolvem em acidentes. Seria que por ser veículos mais fracos, manuais, sem tecnologia? Ou por ser veículo próprio assim se tem mais cuidado com o trajeto já que se quebrar sai do seu bolso.
Ainda existe aquele mau pensamento; “Não é meu porque vou cuidar.”
A verdade que a culpa não é deles, a culpa é nossa os empregadores, deveríamos sim parar o motorista por 7 dias, estes dias de treinamento para o veículo que ele vai utilizar, mesmo que você saiba que este funcionário não vai permanecer com você mas que quando ele for para outra empresa ele já esteja treinado.
Deveríamos buscar a conscientização que 5 segundos olhando pro celular são 20 metros percorridos sem nenhuma atenção. Que a velocidade excedida no final da história, naquele trajeto encurtou 10 min da sua viagem, mas que aumentou 200% o risco de colisão, tombamento e perda de controle.
Iniciativas assim, poderiam ajudar na precaução dos acidentes. E seriam muito importantes para pessoas como eu que vivem na estrada não vermos tantos acidentes absurdos ocorridos por motivos banais.
Além de trazer uma grande economia para à empresa.
Responsável: Diego Cadnanos