Obras de infraestrutura estão entre os principais investimentos previstos para o Espírito Santo até 2027. E, embora os modais RODOVIáRIO e ferroviário estejam incluídos no pacote, é o portuário que sai na frente com alguns grandes projetos em andamento: a ampliação do Portocel, em Aracruz, além da construção da primeira fase do Porto Central, em Presidente Kennedy, e do Imetame Logística Porto, em Barra do Riacho, também em Aracruz. Os empresários do transporte rodoviário de cargas e logística mantêm-se atentos à movimentação de tais empreendimentos e às possibilidades que tendem a ser geradas. E foi pensando nisso que uma comitiva do Transcares colocou o pé na estrada rumo à Barra do Riacho, na sexta-feira, 23 de agosto, para ver de perto a planta portuária do Imetame Logística Porto e conhecer mais a fundo o layout e o funcionamento da ZPE – Zona de Processamento de Exportação.
O presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira, encabeçou o grupo, que contou, ainda, com o superintendente Mário Natali; o gerente Gustavo De Muner; os diretores Fernando De Marchi, Sidnei Bof, Marco Zon, Leandro Teixeira e Wesley Loose; o vice-coordenador da Comjovem-ES, Alexandre Dezin; os transportadores associados Alexandre Ceto, Paulo Costa e Lucas Teixeira, além dos assessores jurídicos Alessandra Lamberti e Marcos Alexandre Alves Dias, e da assessora de Comunicação, Anna Carolina Passos. Lá, o grupo foi recebido pelo diretor Operacional, Anderson Carvalho, e pelo assessor Marcelo Robers. Depois de uma apresentação sobre o Grupo Imetame, o porto e a ZPE, todos puderam ver de perto as obras em andamento.
Embora não haja, ainda, uma data exata para início da operação, Carvalho fala da expectativa de inauguração em 2026. O investimento bilionário, capaz de mudar o eixo da logística de cargas e logística do Estado, está na fase final de obras da primeira fase operacional. Os primeiros 450 metros cais, que serão suficientes para o porto operar num primeiro momento, ficarão prontos no início de 2025. A dragagem, iniciada em setembro de 2022, está em andamento. Neste momento, são 12 metros de profundidade e já está em processo o aprofundamento para a cota de 17 metros, concluindo a primeira fase no primeiro trimestre de 2025 – no futuro, o porto será dragado na cota de 25m para atender às operações “Ship to Ship”, transbordo de óleo cru, segundo Anderson Carvalho.
“O Imetame Logística Porto contará com quatro terminais para operações com contêineres, cargas geral, granéis sólidos e granéis líquidos. Outro importante ativo em desenvolvimento é a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que terá grande sinergia com o porto para atração de indústrias e serviços voltados à exportação”, destacou o diretor.
“A construção do complexo portuário será feita em fases, por módulos, e neste momento estamos trabalhando em quatro frentes: a construção do quebra-mar Leste, a dragagem, a construção do cais de contêiner e a terraplanagem”, completou Anderson Carvalho.
Diferenciais
Infraestrutura já existente e posição geográfica – num raio de 1.000 km, alcança 60% do PIB nacional –, somadas à integração logística com outros modais e à profundidade do Porto Imetame, credenciam a região para receber os gigantes (navios) New post-Panamax, afirma Anderson Carvalho, além de colocar novamente o Espírito Santo nas rotas internacionais e atender às demandas do mercado nacional.
“Temos todas as condições de formar aqui uma estrutura portuária para o Brasil. Contudo, o Imetame Porto Logística não será concorrente de ninguém, seremos agregadores, integradores. Vamos somar à infraestrutura portuária nacional”!
O grupo do Transcares presente nessa visita voltou cheio de expectativas positivas. “Não há dúvidas de que o Imetame vai gerar muitas e novas possibilidades para o segmento. Ele carrega todas as condições logísticas favoráveis para um porto multimodal, e essa conectividade certamente vai gerar novas operações e mais negócios para o TRC”, aposta o presidente Teixeira.
Alexandre Ceto se interessou muito pelos benefícios que serão proporcionados pela ZPE, que, além de estar na área de atuação da Sudene – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, terá incentivos municipais e estaduais. E dentre os setores que já negociam para fazer parte da Zona de Processamento de Exportação em Aracruz estão o de rochas, automotivo, têxtil, industrial e o de café. “Estamos falando de desoneração do investimento, agilidade aduaneira, segurança jurídica, suspensão e isenção tributária”, enumerou o empresário.
“Não posso deixar de citar a localização privilegiada da ZPE – a 13,5 km do Aeródromo Aracruz (Suzano); a 1,3 km da ferrovia Vitória-Minas; próxima a rodovias estaduais (ES-257, ES-010, ES-445) e federais (BR 101); a menos de 1 km de um gasoduto; a 11,6 km do Imetame; a 10 km do Porto Barra do Riacho e a 92 km do Porto de Vitória. Não tem como já não sonhar com as tantas oportunidades que estão a caminho de nosso Estado” – Teixeira acrescentou.